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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Amor Eterno


























Batidas na janela despertam Sheila.
- Sheila é Bob, preciso lhe falar! Sheila abre a janela, um calafrio estremece-a.
- Sheila você me ama?
- Sim, seu bobo! Por quê?
- Você prometeu fazer amor comigo, e que ficaríamos juntos para sempre!
- Sim, mas quando estivesse pronta!
- Que seja hoje! Brilha maravilhosa a lua, seremos banhados por sua prateada luz!
Ante a insistência do amado, Sheila o segue para o ninho de amor escolhido por Bob. Caminham em silêncio, Sheila estranha o trajeto, quando, horrorizada, reconhce o Cemitério da Cidade.
- OH, Bob! Não!!! Não aqui!
- Sim amor, é meu desejo...prometeu-me!
Aterrorizada, segue Bob por entre as lápides, até alcançar uma florida.
- Chegamos; e antes que ela percebesse, abraçou-a forte, enchendo-a de beijos e carícias; logo ambos estavam deitados sobre a lápide coberta de gramas e flores, fazendo amor, contudo Sheila não sentia dor, como ouvira, mas enfraquecia-se, esvaia-se; tentando respirar melhor, moveu a cabeça para o lado, e pode ver, iluminado pela lua, gravado nesta tarde, o nome de seu Bob na lápide. Petrificada o grito de horror morreu em sua garganta, enquanto Bob, olhos vítreos, dizia: Juntos para sempre!
De manhã as buscas por Sheila findaram, quando o Coveiro, achou-a, deitada, inerte sobre a sepultura de seu recentemente falecido namorado.
Um mistério para todos, já que Sheila desconhecia a morte de seu amor. Para polícia, mais um suícidio por coração partido.

Ariadne

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