Seguidores

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Libertação





Àcido desce por meus
nervos e corroe
minha carne,
revolve-me as entranhas.

Sangram-me os olhos,
dos ouvidos brotam pus.
Desfaço-me, e...
alegro-me!

Esta imunda prisão de carne
não mais reterá minha essência!
Singrarei os etéreos mares...
beberei da fonte diamantina...

E este grilhão carnal,
agora, putrefacto, retorna
ao abundante, imenso, coletivo...
ao mundo material.

Ariadne

Nenhum comentário:

Postar um comentário