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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Você



Queimei tuas fotos
tuas cartas e bilhetes
pois acreditava que o fogo
me libertaria de tua presença
impressa em minh'alma.

Mas, oh Deus! Tal gesto insano
inflamou mais meu peito e agora
recolho e guardo as cinzas dos
dizeres teus numa caixa, como tesouro
e o amor que te devoto continua aqui,

pulsando, gritando, enlouquecendo...
Tentei de tudo para deixar-te,
mas as correntes com que me atou
são tão fortes quanto meu
desejo de permanecer atada!

Triste sina a dos apaixonados!
Sempre a arder em invisíveis chamas
consumindo-se sem desaparecer!
E nas atitudes frias e distantes
de seus amados enchem-se de tristeza e dor...

Haverá um remédio, uma cura
miraculosa que liberte os
apaixonados deste cruel grilhão?
Que possa nos conferir a liberdade,
a paz e a felicidade?



Ariadne

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