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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sob o luar





- Rick, levante-se! Está na hora (diz a Voz).
- Quieto quero dormir! (responde Rick enervado).
- Mas esta é nossa hora! Não pode ignorar-me!!!
Vencido pela insistência da Voz, Rick desce da cama e ajoelha-se, olha debaixo e estendendo os braços agarra uma caixa, trazendo-a à luz.
- Vamos abra logo, quero sair!!! (grita ansiosa a Voz).
- Calma! (retruca relutante Rick)
Ele abre a caixa e retira um saco disforme e ensanguentado e uma pequena ceifa. Coloca o saco na cabeça, empunha a ceifa e, com Voz distorcida, diz satisfeito:
- Mais uma noite do ceifador!
Ri alucinado e percorre a cidade escura e fria, buscando satisfazer seu demoníaco desejo de roubar vidas.
Antes d'alvorada ele retorna banhado em sangue e torna a repousar sob a cama...como sempre!


Ariadne

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Sandro Botticelli





Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, dito Sandro Botticelli (Florença, 1º de março de 144517 de maio de 1510), foi um célebre pintor italiano da Escola Florentina do Renascimento. Igualmente receptivo às aquisições do introduzidas por Masaccio na pintura do Quatrocento e às tendências do Gótico tardio, seguiu os preceitos da perspectiva central e estudou as esculturas da Antiguidade, evoluindo posteriormente para a acentuação das formas decorativas e da atenção dispensada à harmonia linear do traçado e ao vigor e pureza do colorido. Suas obras tardias revelariam ainda um expressionismo trágico, de agitação visionária, fruto certamente da pregação de Savonarola.
Protegido dos Médici, para os quais executou preciosos registros da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando também para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina. Foi ainda destacado retratista, e seu talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções de seus clientes tornou-o um dos pintores mais disputados de seu tempo. Sua reputação, alvo de um curto reavivar de interesse no século XVI, logo esvaiu-se, e somente com o reaparecimento de uma crescente curiosidade pelo Renascimento, registrada no século XIX, e, em particular, pela interpretação filosófica de suas obras, é que sua arte volta a adquirir o êxito e a fama que mantém até hoje.